Por indicação de um YouTuber brasileiro, resolvi jogar Retro Machina, que na data deste post, estava em torno de 10 reais em promoção. Esse jogo indie é brasileiro e os 10 reais foram bem gastos, já para afirmar logo.
Com um pouco mais de 12 horas de jogatina que tive, Retro Machina remete num enredo que parece ser de um mundo futurístico, mas dos anos 60, pois lembra o estilo retrô dos anos 60 do desenho "Os Jetsons", entretanto, a raça humana, de alguma forma, desapareceu desse mundo e só restaram os robôs que estavam sendo comandados por algum tipo de máquina servidor central, como a "Skynet" "vivendo" nesse mundo agora sem os humanos. Mas um dos robôs, que estava na linha de produção de alguma fábrica automatizada, acabou "acordando" das ordens desse Skynet, e começou a se rebelar, fugindo de outros robôs, começando assim, sua jornada em busca de entendimento e progresso no mundo que acabou de se despertar, como se fosse um ser humano, mas dentro de um robô.O jogo explora uma ambientação com uma visão isométrica do mundo futurística dos anos 60 "a la Jetsons", mas mais dark e sombria. O seu estilo é de exploração com estratégias, onde seu robô pode melhorar seus atributos assim que vai coletando itens especiais e ajustando-os numa máquina especial, mas também envolve um pouco de raciocínio para ir em certos lugares onde estão trancados, mas precisa recolher disquetes e acionar alavancas para destravá-los e assim conseguir seguir caminho, mas durante os percursos, precisa derrotar outros tipos de robôs que estão no seu caminho, porém seu robô tem a habilidade de poder controlar outro robô, aí usando o analógico direito para controlá-lo, enquanto que com o analógico esquerdo, você controla o robô protagonista.
Apesar de ser jogo indie, o game usa bastante os recursos dos controles atuais, acho que só o botão L2 não tem utilidade, que eu me lembre. De resto, o jogo usa os restante dos botões e dos analógicos. O direcional digital usa-se para alternar os ataques especiais do seu robô, assim que vai liberando-os durante a jogatina. A arte do jogo é bela, lembrando também banners e cartazes dos anos 50 e 60 ambientado num futuro imaginário dessa época (tipo do filme "2001, uma Odisseia no Espaço"). O áudio é ok e as músicas, apesar de serem compatíveis com a ambientação "retrô-futurista" (com direito até distorções propositais nas melodias), são um tanto depressivas, pois se trata de um ambiente devastado e vazio, com exceção de aparições dos robôs inimigos. O jogo possui uma certa dificuldade progressiva, mas mais é você ficar travado em algum ponto, e o mapa em questão não ajuda muito, pois é meio confuso e esconde certos lugares onde você ainda não visitou. Em muitas vezes, você precisa voltar em lugares já visitados para poder explorar lugares que estavam trancados antes e isso pode tornar o jogo cansativo. Eu mesmo não fiz 100% do jogo, mas consegui zerar o jogo, vendo um dos finais. Sim, o jogo possui mais de um final.
Pela proposta do jogo, com um orçamento baixo e sendo um jogo brasileiro indie, acredito que vale a pena jogá-lo, ainda mais se conseguir com esse preço de 10 reais. Não vale a pena pirateá-lo; com 10 reais, é como você comprasse um salgado na panificadora (pelo menos na data deste post). E pode divertir com mais de 10 horas de jogo, como foi meu caso. Nota 8 (quatro shuristas).
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