28 de jul. de 2011

Análise: Tiny Tower (iPhone e iPad)

Não sei como me meti nessa, rsrs. Pra começar, não curto muito joguinhos estilo "Farmville" ou "Cityville", ainda mais com gráficos grotescos. Mas por vários motivos, acabei meio que viciado nesse "Tiny Tower"...

Aliás, Tiny Tower (assim com "Cityville" da vida) não é um jogo, propriamente dito. É como gerenciar vários "tamagochis" dentro de um prédio virtual, onde lá você coloca bonequinhos morando e trabalhando. E cabe a você o papel do dono desse prédio para construir andares e mais andares infinitamente, intercalando lojas, lanchonetes, teatros, serviços e apartamentos para os bonequinhos morarem e trabalharem. Para construir, basicamente, você conta com o dinheiro das arrecadações dos trabalhos desse bonecos, aumentando a variedade dos produtos e serviços e também construindo cada vez mais lojas, apartamentos, etc... Você também é encarregado como ascensorista do elevador do prédio. Cada pedido de um bonequinho para levar até seu andar, você ganha alguns trocados. Quanto mais andares para levar, mais trocados ganha. Também dá para acelerar os processos se você não tiver paciência devido ao tempo de espera para o término da construção ou do estoque. Basta injetar mais dinheiro ainda. Se você não tem paciência você pode adquirir dinheiro virtual pagando com seu dinheiro real. O jogo é gratuito, mas para o jogador impaciente, o game oferece dinheiro extra para o jogo, basta "apenas" comprar o dinheiro, hahaha. Espertinha essa empresa que criou o game, heim? E não acredito que não tenha jogador que comprou 30 dólares para ter 1000 notinhas virtuais para o jogo...

Mas, voltando agora nos motivos do vício. Primeiro, o game é gratuito na app store e é um dos mais baixados. Segundo, o game foi citado em muitos sites e bem elogiado. Daí, a curiosidade de baixá-lo, mesmo não sendo do seu gosto. Terceiro, jogar num iPhone ou iPad é super cômodo, como no PSP ou no Nintendo 3DS, mas com a vantagem de ter jogos grátis. Quarto, o game é super relaxante, como cuidar de vários tamagochis, sem a preocupação de "morrer" e ter que começar de novo. Quinto, o game salva automaticamente e quando você volta ao jogo, continua bem onde você tinha parado.

Foi só começar a entender o tutorial que o vício começa. Na intenção de tentar zerar o game, dá-lhe lojas, bonequinhos, vendas... isso tudo num círculo vicioso. Mas como todo tamagochi, pode acabar enjoando rápido. Mas como eu sou meio turrão, tenho vontade de zerar as condições do game. Ainda bem que é um game daqueles em que você joga por uns 2 minutos, para e pode voltar ao game horas depois antes de dormir... e o jogo continua rodando no modo standby. Se você deixou estocado os produtos, o dinheiro virtual vai crescendo mesmo você não estando no jogo.

Bom, dos contrastes como Super Street Fighter IV, Starcraft 2 e Need For Speed, os criadores de Tiny Tower foram inteligentes em aliar games simples como "Farmville" em dispositivos "sensações do momento" como iPad e iPhone.

22 de jul. de 2011

J-Dorama (XIV): Dragon Zakura

Clássico que é clássico não pode deixar de ser assistido. Este foi sugestão da Cacá (blog "The Doramas"); muito bem escolhido.

Envolvendo cenário estudantil, Dragon Zakura conta a estória de um advogado chamado Sakuragi Kenji (Hiroshi Abe) e seu trabalho numa escola japonesa de ensino médio. Sakuragi, que já foi um membro de uma gangue, tem uma personalidade forte e se mostra frio às outras pessoas. Sem dinheiro, ele tenta reerguer a escola, quase falida e famosa por não ter alunos bons, tentando orientar alguns alunos a estudar para passar no vestibular da Universidade mais prestigiada do Japão, a Universidade de Tóquio (Toudai). Com sua ambição e seu método de ensino, Sakuragi, quer que no primeiro ano, 5 alunos entrem na Toudai; no ano seguinte, 10 alunos e assim por diante. "Se vocês quiserem mudar as suas vidas, entrem na Toudai!", diz ele. Com isso, criou uma classe especial em que os alunos ficam confinados nos estudos, estudando com professores que possuem métodos de ensino um tanto "fora do padrão", e mesmo nos momentos em que não estão nos livros, os alunos devem, a toda hora, ficar memorizando fórmulas e teorias. Para criar um símbolo dessa luta, Sakuragi plantou uma sakura no pátio da escola (que se chama Ryuzan). O nome Dragon Zakura refere-se justamente à cerejeira plantada na escola de nome "Dragão" em japonês, "Ryu".

Para essa classe especial, tem-se um grande elenco formado por 6 alunos, entre eles, Yajima Yusuke (Yamapi, em Code Blue, Nobuta wo Produce), Mizuno Naomi (Nagasawa Masami, em Last Friends) e Kosaka Yoshino (Aragaki Yui, em Code blue, My Boss My Hero), além da professora "escrava" de Sakuragi, Ino Mamako (Hasegawa Kyoko).

Um destaque do dorama é o elenco forte. Abe Hiroshi, como protagonista, que tem uma boa atuação sendo o "advogado-professor do diabo", além dos atores citados acima.

Mas creio que o grande destaque de Dragon Zakura mesmo é o seu contexto, onde mostra as lições de sacrifício, luta, perseverança e maturidade com objetivo de conquistar suas realizações (no caso, conquistar uma vaga na Toudai).

A música de abertura é do grupo Melody com "Realize", e claro, não podia faltar uma música de inserção do Yamapi, com "Colorful".

Dragon Zakura é um dorama rodado em 2005. Possui 11 episódios no total.

15 de jul. de 2011

50º Festival das Etnias do Paraná - ACB Nippo-brasileira de Curitiba

Durante essa semana, aconteceu o 50º Festival das Etnias do Paraná, um festival de apresentações de dança e ritmos de vários países. Todo ano, nesta mesma época, vários grupos folclóricos representando diversos países se apresentam nos palcos para divulgar a arte e a cultura de seus países.

No dia 14 de julho, foi a apresentação da cultura japonesa, representado pela ACB Nippo-Brasileira de Curitiba. Como ganhei os ingressos, fui conferir as apresentações, que foram no Teatro Guaíra. Com muita dedicação, cada grupo fez uma apresentação muito boa, de fazer a plateia aplaudir e vibrar, principalmente com os shows de Taikô e yosakoi soran (dança moderna).

O interessante é que grande parte da plateia foi composta de brasileiros sem descendência alguma de japoneses. E os dançarinos e tocadores de taikôs, muitos deles eram mestiços e "gaijins", o que mostra uma grande procura de apreciação da cultura japonesa pelos outros povos. E como disse no post do Imin Matsuri, essa diversidade de apreciadores da cultura japonesa é muito boa, mostrando que os brasileiros têm admirado cada vez mais a cultura japonesa.

Teve também as danças típicas (odori) e uma apresentação de kabuki, mas os pontos fortes mesmo foram os taikôs (incluindo uma apresentação da canção SHIMA UTA) e os Yosakois. Gostei muito da organização das apresentações dos jovens. Afinal, eles terão a responsabilidade da continuação e divulgação da cultura tradicional japonesa. Valeu a pena a atração.

11 de jul. de 2011

A Questão das Usinas Nucleares

A questão das usinas nucleares tem sido alvo de muita polêmica já há muito tempo atrás. E fato agora que se intensificou ainda mais agora devido ao acidente nuclear da Usina de Fukushima em março deste ano. E, de quebra, reacendeu a questão da usina de Chernobyl.

Todo mundo sabia dos riscos em implementar usinas nucleares. A toxidade dos materiais radioativos é uma das mais devastadoras, podendo levar à morte do indivíduo em questão de dias por câncer super-agressivo. Apesar de testes tecnológicos e aperfeiçoamento no nível de segurança na questão de radiação nuclear, quando acontece um, muitas vezes é de nível grave e trágico na maioria das vezes. Com relação ao vazamento nuclear da usina de Fukushima Daiichi, após 4 meses desde o acidente (terremoto e tsunami), a solução de contenção do vazamento radioativo da usina ainda está longe de uma solução. A região da usina, num raio de 30 km está isolada e não se sabe o dia em que tal região possa ser segura novamente para a população. OBS: na região de Chernobyl, até hoje está completamente abandonada, mesmo após 25 anos desde o acidente (veja algumas fotos aqui). Claro, o acidente da usina de Fukushima foi bem menos grave que o de Chernobyl, e por enquanto, as consequências foram bem menores, mas órgãos mundiais já classificaram o acidente nuclear de Fukushima praticamente no mesmo patamar do de Chernobyl.

Apesar dos riscos inerentes em implementação das usinas nucleares, tais usinas ainda são muito utilizadas mundo afora, principalmente nos Estados Unidos, na Europa e no próprio Japão, por vários motivos. Um deles é o seu enorme potencial energético, pois as usinas nucleares ainda são as mais potentes que o homem já criou, com capacidade energética igual a das usinas termoelétricas e das hidrelétricas, mas utilizando menos espaço físico e sem dependência de combustível fóssil. Daí, uma das razões do Japão ainda depender das usinas nucleares para se auto-sustentar. Só para ter uma ideia, lá, as usinas nucleares representam 30% da geração de energia elétrica no país. E na França ainda mais: 78% da energia do país provém das usinas nucleares.

Como tinha dito antes, uma grande vantagem das usinas nucleares é a não-utilização de combustíveis fósseis (oposto da termoelétrica) e de não necessitar o alagamento de grandes áreas para a formação dos lagos de reservatórios, evitando assim a perda de áreas de reservas naturais ou de terras agriculturáveis, bem como a remoção de comunidades inteiras das áreas que são alagadas (contrário da hidrelétrica).

Aí fica o dilema: como resolver essa questão das usinas? Após o acidente da usina de Fukushima, protestos e mais protestos ocorrem mundo afora contra tais usinas, principalmente no Japão. Entretanto, o Governo Japonês parece ainda estar reluntante, pois sabe que, acabando imediatamente com as usinas nucleares, o país corre o risco muito sério de haver forte escassez energética, comprometendo toda a infra-estrutura do país (fechamento de fábricas, diminuição drástica nos serviços, consumo freado e entre outras coisas). Atualmente, o Japão está passando por um dos maiores racionamentos energéticos de todos os tempos por causa do acidente. Desligamento dos ar-condicionados, diminuição de tempo de fabricação nas indústrias e suspensão de mega-eventos.

Solução? Com a tecnologia que temos atualmente, apesar do progresso de outra fontes de energia, como eólica, solar e bio-combustível, ainda não temos tecnologia suficiente para simplesmente implementá-los, substituindo as nucleares. E o custo ainda é exorbitante. E mesmo que tais fontes alternativas sejam ecologicamente corretas, elas ainda são insuficientes na capacidade de geração de energia comparando com as nucleares. As hidrelétricas e as termoelétricas são as que dominam ao redor do mundo, mas estas têm problemas de sustentabilidade e de meio-ambiente, gerando poluição atmosférica (termoelétricas) e devastando áreas nativas (hidrelétricas).

Enquanto a Alemanha decidiu acabar com suas usinas nucleares, países como a França ainda mantém firme seu uso. Até o Brasil, que tem duas usinas nucleares (Angra 1 e 2), vai implementar uma terceira usina (Angra 3).

Por enquanto, estamos ainda nessa divisão de opiniões sobre as usinas nucleares. Mas acredito que elas possam ser realmente substituídas no futuro, mas isso só irá acontecer aos poucos de forma bem gradativa. Estamos progredindo sim com as pesquisas de fontes alternativas sustentáveis de geração de energia, mas enquanto não vem a solução definitiva, ainda temos que contar com que temos atualmente e cuidar da manutenção e prevenção para evitar mais desastres. Mas caso aconteça algum acidente de nível alto, teremos que estar preparados para isso.

É sempre importante saber levantar as questões dos prós e contras de cada tipo de usina. E, claro, evitar ao máximo o desperdício. Pensemos nisso.

4 de jul. de 2011

A Evolução dos eBooks

O conceito dos livros eletrônicos já era até meio antigo. No começo dos anos 70, já existia um projeto que pretendia digitalizar livros e oferecê-los gratuitamente. De lá para cá, principalmente a partir dos anos 90, começou realmente a realidade dos primeiros programas de livros digitais. Hoje em dia, o conceito de ebooks está ainda mais forte, com o surgimento e crescimento exponencial de dispositivos para lê-los, além de notebooks: os tablets.

Não tem escapatória; com a crescente acentuação na popularização dos tablets, os livros digitais têm dado um ar mais prático e confortável, além de não precisar ocupar espaços nas prateleiras, que, na boa, espaço físico é o que a gente têm disputado muito atualmente. E o usuários não precisam ter um "iPad" ou um "Xoom" para desfrutar dos ebooks. um simples "Kindle" ou um tablet "Xing Ling" já dá conta de armazenar os livros. E a grande maioria transforma os arquivos de documentos (pdf) em uma leitura mais agradável como se fosse folhear um livro. Sim, chega de ficar lendo pdfs apenas nos desktops ou notebooks.

Outra vantagem é seu peso. Um tablet não chega a ter um quilo, por isso, mesmo que o ebook tenha "mil páginas", é como se você carregasse um livro de poucas páginas. E o leitor pode ler deitado mais confortável do que se estivesse com um livro comum; não teria preocupação de desmarcar as páginas sem querer.

Claro, que nem tudo são flores num ebook no tablet. Tem a questão da tela luminosa poder "forçar" um pouco mais a vista do leitor; duração da bateria do tablet e dependência de um único equipamento centralizado para ler os livros (claro, pois se você perder ou quebrar o tablet e não ter feito backup dos ebooks num computador, aí f****). Mas aí, é questão de mudança de hábitos e de cuidados.

Recentemente, o Governo da Coreia do Sul estabeleceu um prazo para virtualização total dos livros escolares: até 2015! Sim, todos os alunos do país terão um tablet para carregar todos os seus ebooks didáticos, oferecendo praticidade e alívio principalmente na hora de carregar o material escolar. E muitas vezes, pode até dispensar o caderno, já que num tablet tem a opção de anotar num "bloco de notas" virtual, mas aí já é uma outra questão...

Estou lendo revistas e livros num tablet e a sensação é muito boa mesmo. E você tem a questão de poupar muitas e muitas árvores, evitando produção em massa de papéis para impressão de revistas e livros. Outra questão é uma vasta coleção de livros gratuitos que se têm disponível na internet. A Google, por exemplo, já disponibiliza já faz algum tempo, muitos ebooks gratuitos para baixar, e agora com a popularização dos tablets, fica bem mais agradável começar a pegar gosto de ler vários títulos gratuitos.

Entretanto, apesar de projetos como o do Governo da Coreia do Sul substituir livros didáticos físicos por ebooks, não creio que vá morrer de vez uma leitura clássica em livros em papel e capa. Não vai deixar de ter bibliotecas, muito pelo contrário. Acredito que os ebooks possam ser ferramentas complementares para a dinâmica da leitura e não substituições dos livros. Afinal, a leitura tradicional ainda tem muito charme e ainda é mais simples e direta.

Agora, para quem acha que ter uma sala de biblioteca em casa é "estiloso", "charmoso" e tem conotação de intelectualidade, saiba que esse pensamento já não tem tanto sentido neste século XXI. Em questões de meio ambiente e sustentabilidade, ter uma grande biblioteca particular em casa pode ter uma conotação negativa. Além disso, os espaços nos cômodos dos lares têm sido cada vez mais disputados e não seria inteligente ocupá-los com centenas e centenas de livros, com muitos deles já bem defasados que ninguém mais lê. Fora ainda o trabalhão enorme de manter tal ambiente limpo, livre de mofos e bichos...

Se você ainda não experimentou ler um ebook num tablet, vá até uma FNAC da vida e experimente. É uma experiência interessante, mesmo se você não domine muito de tablets.