30 de abr. de 2010

Aniversário do Neo Geo: 20 Anos

Com fontes de Akira Suzuki (uol.com.br) - com adaptações

Quando eu vi a notícia de que aquele grande console (em termos de tamanho) chamado Neo Geo faria 20 anos desde seu surgimento, me bateu uma nostalgia gamemaníaca como naqueles games nostálgicos que volte e meia tenho postado por aqui.

Há 20 anos atrás, os fliperamas foram a vanguarda dos games. Nos idos da década de 80, a tecnologia que cercava os chamados arcades era muito superior a dos videogames domésticos, e o sonho de todo gamemaníaco era ter aquela experiência no conforto do lar.

SNES e Mega Drive bem que tentaram, mas ainda havia um abismo entre as plataformas "profissionais" e domésticas. As máquinas de fliperama são produtos caros, e em 1990, a SNK, fabricante de games de Osaka, teve a ideia de produzir um sistema de arcade de baixo custo, com jogos gravados em cartuchos.

Esse sistema foi chamado de Neo-Geo, e fez sucesso entre casas de fliperamas menores, já que o uso de cartuchos permitia ter uma variedade de games sem precisar instalar mais máquinas. E o melhor: com preços muito mais em conta.

Não existe registro de quando o Neo-Geo foi disponibilizado pela primeira vez, mas os games de estreia da plataforma saíram em 26 de abril de 1990: "NAM-1975", "Mah-Jong Kyôretsuden", "Baseball Stars Professional" e "Magician Lord". Em 1º de julho de 1991, o Neo-Geo AES passou a ser vendido nas lojas, mas seu alto preço não permitiu ser um sucesso.

O console impunha respeito, tanto pelo tamanho quanto pela qualidade dos jogos, que eram rigorosamente idênticos ao fliperama, por usar a mesma tecnologia, porém os cartuchos tinham o tamanho de um livro de 300 páginas. O joystick também era grande, com modelo de fliperamas. Os dados eram gravados num cartão de memória; o Neo-Geo foi um dos primeiros a usar esse sistema.

Apesar dos processadores do Neo-Geo fossem similares aos do Mega Drive, o console da SNK tirava qualidade de seu sofisticado chip gráfico e da grande quantidade de memória disponível nos cartuchos. Sendo um sistema também para fliperamas, lugar onde o Neo-Geo fez mais sucesso, os primeiros games da plataforma era de ação e tiro, além de títulos de esporte (o console teve vários games de futebol).

Mas o que mudou definitivamente o direcionamento de seus games - e fez da SNK uma produtora de enorme sucesso - foi a onda dos jogos de luta, da época de Street Fighter 2. Em 25 de novembro de 1991, a SNK lançou seu primeiro game do gênero, "Fatal Fury", que trazia a mesma fórmula do jogo famoso da Capcom - assim como a maioria dos games de luta.

Foi um começo tímido, e demorou quase um ano para a SNK lançar outro game de luta, "Art of Fighting", que impressionava pelos personagens enormes e o efeito de zoom (um pouco antes, a ADK tinha lançado "World Heroes"). Esse também foi o primeiro game da linha "100 Mega Shock", ou seja, com 100 megabits de dados (para efeito de comparação, "Sonic 2", um dos maiores sucessos para Mega Drive, tinha 8 megabits). Depois vieram "Fatal Fury 2", "Samurai Shodown", "Fatal Fury Special" e "Art of Fighting 2", além de mais dois "World Heroes" pela ADK.

O ano de 1994 foi marcado pela série de maior prestígio da SNK, "The King of Fighters '94", que tinha como novidades um sistema de trio de personagens e um elenco vindo de vários jogos da SNK.

Para se ter ideia de quanto os jogos de luta foram predominantes no Neo-Geo, dos 150 games lançados, 50 podem ser considerados do gênero, ou seja, a cada três games para o console, um era de combate mano-a-mano. A SNK se deu bem enquanto a moda esteve em alta, e foi um rival à altura da Capcom, mas, na metade final da década de 90, o gênero foi marcado pela lenta decadência, e na mesma direção seguia a fabricante do Neo-Geo.

Fim de uma era

O Neo-Geo também enfrentava uma mudança de paradigma no que se referia a gráficos. Com a entrada no mercado de videogames como o PSOne, Saturn e Nintendo 64, os games passaram a exibir cenários em 3D, tecnologia que o videogame da SNK não dispunha.

Ainda que tivesse lançado sucessos como "Metal Slug" e as várias iterações de "The King of Fighters", a situação financeira da SNK ficava cada vez mais difícil, e piorou com aventuras desastradas, como o Neo-Geo CD (Ocho teve um desse), que era mais conhecido pelos seus extensos "loadings", o portátil Neo-Geo Pocket (e depois o Color) e a placa Hyper Neo Geo 64, com gráficos 3D.

A história da SNK acaba em 2001, mas logo "renasce" como Playmore (atual SNK Playmore), e dá continuidade aos projetos do Neo-Geo. Até algum tempo atrás, a SNK Playmore fazia também aqueles games crossover a la X-Men vs Street Fighter, como o "SNK vs Capcom" (detalhe: a Capcom já tinha feito antes o "Capcom vs SNK").

A assistência técnica ao Neo-Geo foi encerrada em 2007, mas, neste ano, por conta das comemorações de 20 anos do console, o serviço foi reaberto, sabe lá até quando. Quanto à SNK Playmore, a empresa continua na luta, porém não está numa fase boa, pois seus games (de luta, principalmente) não conseguem ser mais inovadores. Atualmente, a Playmore trabalha em "The King of Fighters XIII". (já perdi as contas de trocentas versões desse game)

23 de abr. de 2010

Fim das Lan Houses? No Brasil Ainda Não.

Texto por Sérgio Eidi (gizmodo.com.br) - Adaptado

"Lugar mal iluminado, cheio de moleques com a cara enfiada em telas coloridas, empenhados em matar inimigos a facadas." Nos últimos anos, a frase acima casaria perfeitamente com "ir jogar Counter Strike na Monkey". Não mais: a mais famosa franquia de lan houses do Brasil, fechou este mês as portas de sua última loja, em uma área nobre de São Paulo. E marca o fim de uma era.

Tidas como "fliperamas modernos", as lan houses tiveram na "Monkey Lan4Fun" um modelo. A rede chegou a ter mais de 60 lojas pelo Brasil, com foco primário nos jogos em rede e máquinas potentes - ao contrário dos cybercafés da época, voltados para serviços básicos de internet. A sua história durou doze anos. Este mês, a Monkey colocou todos os seus equipamentos à venda. Segundo nota no site da empresa, eles continuarão a prestar serviços de consultoria e eventos.

É uma pena. Na época do lançamento, em 1998, a franquia entrou agressivamente no mercado, virando praticamente sinônimo de lan house. Sua rápida e abrangente expansão atraiu muitos olhares para este novo tipo de empreendimento - e também uma enorme concorrência. Seu grande problema na disputa de mercado era a informalidade dos concorrentes. Muitos deles praticavam preços baixíssimos - afinal, a maioria sequer era legalizada (apenas 1% tem alvará), e softwares piratas eram apenas parte dos problemas. A debandada para a concorrência começou a crescer. E isso não foi de todo ruim. A facilidade, proximidade com áreas mais carentes e o baixo preço dessas concorrentes informais ajudou na rápida inclusão digital - 24 dos 38 milhões de usuários de lans são das classes C, D e E.

Outros fatores também colaboraram para a derrocada da Monkey - e das outras lan houses em geral: as conexões de internet domésticas ficaram mais rápidas e mais baratas, aumentando a base de usuários de banda larga no País. Exatamente duas semanas depois do fechamento da Monkey, uma pesquisa mostrou que, pela primeira vez, as conexões à internet residenciais superaram as feitas por lan-houses (48% a 45%).

Os preços de hardware também ficaram mais acessíveis para o consumidor doméstico, fazendo com que, aos poucos, a gurizada começasse a jogar em casa, e de graça. Os pais também preferiram "investir" no equipamento - do ponto de vista de segurança, era muito melhor do que deixar a molecada na rua. Para os usuários mais abastados, havia também a questão dos videogames de última geração. Gráficos excepcionais já não eram exclusividade do PC - afinal, os consoles eram muito mais baratos e mais fáceis do que um full upgrade no computador de casa. Microsoft e Sony criaram redes exclusivas para seus aparelhos (Live e PSN, respectivamente), fazendo com que a jogatina online fosse tão fácil quanto era no PC.

Nesse meio tempo, tanto a Monkey quanto as demais redes tentaram se reinventar no quesito jogatina. Muitas viraram centros de moedas virtuais para RPGs online. Algumas lojas passaram a permitir BYOC (Bring Your Own Computer) Parties, oferecendo infraestrutura completa de rede como cortesia. Não pegou; embora fosse comum nos EUA e Coreia, carregar PC pra lá e pra cá não dava certo no Brasil. Nada disso funcionou para manter o status de fliperama moderno.

As sobreviventes procuraram dar maior ênfase aos serviços de internet, buscando clientes que trabalham direto na rua e precisam de um lugar pra checar emails, acessar sites, msn, orkut. Em regiões mais pobres, elas continuam cumprindo o papel, que pode ser oficializado pelo governo: há oito projetos de lei que pretendem dar benefícios para a legalização das casas na Câmara dos Deputados, e uma comissão específica para verificar a situação das casas.

O principal objetivo da comissão, segundo o relator, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), é propor uma legislação que transforme as lan houses em centros de inclusão digital e estabeleça mecanismos de proteção para crianças e adolescentes. "O nosso objetivo é construir uma regra nacional que classifique a lan house como centro de inclusão digital popular”.

Pode ser que essas lojinhas de bairro, meio "mambembes", ilegais até, se salvem. Mas projetos como o Banda Larga Popular farão, cada vez mais, a internet migrar das lan houses para dentro das casas. Em tese, o modelo ortodoxo de negócios das lan houses, como o conhecemos, está em fase terminal. É claro que a Inclusão Digital doméstica brasileira ainda está muitíssimo aquém em relação a outros países, como os da Europa, mas mesmo caminhando a passos de tartaruga, o Brasil tem potencial para melhorar seu campo no mundo digital.

E a vida é assim. Tecnologia é um "troço" muito bom, mas canibal. Ao ler a notícia sobre o fim da Monkey, senti uma pontinha de melancolia, como tive ao ver o fliperama do bairro sendo fechado ou como um "legado" fechando um negócio que poderia ser promissor... Aliás, fliperama? O que significa isso nos tempos atuais? Apesar de cada vez mais termos recursos para jogar online em casa, não dá para se comparar, em termos de diversão, quando a gente jogava "Counter Strike" na lan house como foi a da Monkey com uma galera e gritar "head-shot!" ou "humiliation" e zoar para o coitado da sua frente ou do seu lado quem está jogando também. Cada vez quando muda-se a tecnologia, muda-se também comportamentos sociais...

21 de abr. de 2010

Blog de Vendas dos Meus Bonecos Pessoais

Photo by Kodi


Estou inaugurando um blog onde estou vendendo a minha coleção particular de bonecos que trouxe do Japão. Não se trata de venda comercial, apenas quero me desfazê-la. Aos poucos irei colocando mais fotos dos bonecos que tenho disponível.

Não quero fazer comparações, mas os preços que estou cobrando são de custo de lá, excluindo a parte do envio dos correios.

O estoque é limitado, pois não pretendo comprar novos bonecos de lá. Claro que tenho já os meus "xodós" que não vou vender, então, serão apenas os que estarei divulgando no blog.

Avisem aos conhecidos que se interessam por "gashapons" e "garages kits". O link está ao lado direito deste blog. Maiores informações podem comentar lá mesmo. Aceito sugestões (layout, administração nas vendas, etc...).

18 de abr. de 2010

Bastardos Inglórios

Uma rápida análise do novo filme do polêmico Quentin Tarantino. Bastardos Inglórios passa-se na época da 2a Guerra Mundial, onde os nazistas tiveram domínio quase que total na França e um grupo de rebeldes caçadores de nazistas, liderado por Aldo (Brad Pitt) tentam dizimá-los até chegar aos líderes.

Tema batido (mais um sobre nazistas), mas com uma pitada de ficção que Tarantino, famoso por suas criações, resolveu acrescentar; com isso a trama seguiu em um percurso, no mínimo, curioso.

Não quero deixar rastros de "spoilers", mas mais uma vez, apesar da trama prender atenção do telespectador e até ser inteligente e ter um elenco bom (não pelo canastrão Brad Pitt, e sim, pelo vilão principal do filme - não, não é o Hitler), o final foi um tanto estúpido. Ah, se aguentar ver cenas de pessoas sendo escalpadas, pode dar uma conferida.

Bom, não sou nenhum crítico de cinema, nem entendo sobre a arte do cinema, mas os filmes de Tarantino, a gente normalmente, fica com alguma certa expectativa, afinal, tudo se pode esperar de um filme dirigido por ele... Lembro que o post escrito é de minha opinião pessoal.

15 de abr. de 2010

Análise: Street Fighter IV (PC)

Talvez alguns de vocês devam estar estranhando com certos avatares que uso no blog, msn, etc... É que esses dias tenho jogado o game da saga de jogos de luta mais famoso de todos os tempos, a última versão de Street Fighter: "STREET FIGHTER IV". Apesar de que recentemente jogos de luta estão meio saturados, Street Fighter IV ainda me impressiona, especialmente pelos gráficos e animação, além de poder jogar novamente com personagens mundialmente conhecidos desde os anos 90.

Desta vez, Ryu, Chun-li, Guile e cia. se reencontram mais uma vez para um torneio mundial a fim de descobrir mais uma artimanha da Shadaloo, liderado pelo velho conhecido M. Bison (Vega na versão japonesa). Quando você fecha o game com um certo personagem, aos poucos, o game vai liberando novos personagens (conhecidos de versões anteriores como Cammy, Fei Long e Akuma), o que vai dar mais fôlego para tentar fechar o game inteiro.

A versão para PC ficou igualzinho a do arcade e os prólogos/epílogos em animê são show de bola, apenas uma ressalva: são muito curtos. Com gráficos em 3D, as animações dos golpes especiais em zoom nos personagens também são destaques. Os cenários das lutas são bem detalhadas e o som também é excelente. As trilhas sonoras dos antigos personagens sofreram muitos remixes, mas continuam legais. A jogabilidade, apesar do ambiente em 3D, é totalmente em 2D, como no tradicional.

Para quem já conhece bem a saga de Street Fighter, com certeza, não vai se decepcionar com esta versão (mil vezes melhor que o Street Fighter III, que fora uma decepção, na minha opinião).

Apenas um detalhe técnico: para rodar bem o game, o tipo da placa de vídeo é indispensável. Eu rodei no meu notebook com uma placa de vídeo ATI Radeon 256MB e as lutas ficaram como se estivessem num ringue na Lua. Se você tirar o cenário, as sombras e diminuir os detalhes dos personagens, aí a animação fica um pouco mais rápida, mas não ainda o ideal. Também tem a opção de cortar frames da animação; aí fica veloz, mas a jogabilidade vai pro espaço. Em resumo, é um game pesado para micros do dia a dia. Uma configuração mínima seria:

- Windows XP
- Intel Pentium 4 2.0GHz ou superior
- RAM: 1GB ou superior
- HD: 10GB livres
- VGA: Compatível com DirectX 9.0c/Shader3.0 ou superior; séries NVIDIA GeForce6600 / ATI Radeon X1600 ou superior
- Video RAM: 256MB ou superior
- Placa de som compatível com DirectSound DirectX 9.0c ou mais recente

Agora uma configuração recomendada seria:

- Windows Vista
- Intel Core2Duo 2.0GHz ou superior
- RAM: 2GB ou superior
- HD: 10GB livres
- VGA: Compatível com DirectX 9.0c/Shader3.0 ou superior; séries NVIDIA GeForce8600 / ATI Radeon X1900 ou superior
- Video RAM: 512MB ou superior
- Placa de som compatível com DirectSound DirectX 9.0c ou mais recente
- Controle tipo Xbox 360 ou Playstation para o Windows

Sim, frisei o quesito "controle", pois jogar no teclado é, indiscutivelmente, impossível. A maioria dos micros atualmente possui a configuração recomendada citada acima, com exceção da placa de vídeo, que é na maioria das vezes, integrada e é bem fraquinha. Por isso que é importante escolher uma boa placa de vídeo na hora de adquirir um micro, caso queira utilizá-lo para games como Street Fighter IV ou para edição de imagens e vídeos.

Vale a pena dar uma conferida, mesmo para quem não é fã de jogos de luta.

12 de abr. de 2010

Vamos fazer uma vaquinha?

Desde 1963, o Lar Escola Dr. Leocádio José Correia, vem prestando expressivo serviço à comunidade curitibana. A partir de 1972 iniciou o atendimento a crianças carentes. Em 1979 mudou sua sede para a Rua José Antonio Leprevost no bairro de Santa Cândida onde chegou a atender 450 crianças.

Com o objetivo de buscar, junto à comunidade, a expansão de suas atividades no sentido de atender um maior número de crianças e ampliar a faixa etária, o arquiteto Ely Loyola Borges Filho desenvolveu e doou à instituição um projeto arquitetônico que visa garantir ao Lar Escola instalações com plena capacidade para cumprir essa finalidade.

A proposta curricular do Lar Escola Dr Leocádio José Correia é por sua natureza aberta e baseada fundamentalmente no princípio de que a escola não se caracteriza por um espaço físico limitado,mas sim pela renovação e ampliação seqüencial da construção do conhecimento,configura-se em toda a sua extensão como flexível e voltado para um processo educacional evolutivo e construtivista em seus aspectos de ensino e aprendizagem.

Em sua filosofia atenta-se, em todos os momentos, para a promoção, a preservação e a valorização da vida com o intuito de conduzir o educando ao autoconhecimento e ao auto equilíbrio. Tem como objetivo maior promover em cada educando o desenvolvimento de uma consciência crítica e ativadora do seu próprio processo de aprendizagem, trazendo-lhe instrumentos educacionais para o gerenciamento do seu dia-a-dia e para o exercício consciente da cidadania .

O projeto compreende três blocos, onde estarão instalados, no primeiro, a administração, cozinhas e lavanderias; no segundo, o berçário e, no último a pré-escola. Tendo estudos para posterior ampliação da faixa etária.

Trata-se de uma iniciativa solidária, de interesse de toda a comunidade curitibana, para a qual gostaríamos de contar com sua colaboração, seja através de doação em dinheiro, em material de construção ou em equipamentos que possam vir a garantir, brevemente, um futuro mais digno para centenas de crianças carentes.

Texto extraído do site: http://www.vaquinha.org.br/

Veja mais no link e no vídeo ao lado.

9 de abr. de 2010

Exemplo de Organização, Estrutura e Cidadania

Irônico eu ter postado anteriormente sobre os números e as condições do Lixo Sólido no Brasil e no dia seguinte, acontece a tragédia anunciada nas encostas de Niterói. Por que nós, Brasileiros, temos tido tamanha frequência de desastres como este de Niterói, fora os recentes casos de deslizamento de terra em Angra dos Reis na virada deste ano e os casos de Santa Catarina em 2008? Qualquer chuva que cai, parece que estamos a mercê desses problemas de alagamento, queda de árvores e deslizamento de terra. Até quando teremos que aguentar isso?

Abaixo, coloco uma reportagem de exemplo de organização e estrutura, onde deveríamos nos espelhar e nos conscientizar cada vez mais sobre a importância de um bom planejamento, uma boa infraestrutura e especialmente, uma boa educação e cidadania.

"Moradores de bairro japonês reaproveitam quase 100% do lixo"
Reportagem: Roberto Kovalick
Fonte: Globo.com


O que faz os japoneses serem tão cuidadosos é a educação: eles começaram a separar o lixo há 500 anos.

O trem parece saído de um filme de ficção. Sem maquinista, totalmente automático, passa pelo meio dos prédios a 20 metros de altura. O destino é o bairro mais moderno de Tóquio. Fica em uma ilha artificial, aterrada e construída – em grande parte – com lixo.

Ali, os japoneses ergueram hotéis, shopping centers, sedes de grandes empresas. Tem até roda gigante e uma réplica da Estátua da Liberdade. Não e só a aparência, Odaiba é como os japoneses esperam, que seja o futuro: eficiente e limpo. O bairro é um exemplo de convivência com o lixo: praticamente 100% são reaproveitados.

O brasileiro Akira morou aqui por dois anos. Agora está de mudança e, como acontece nessas situações, está produzindo muito lixo. Ele nos leva até a lixeira do prédio para mostrar que, para viver em uma sociedade limpa, é preciso obedecer a muitas regras. Para reciclar, Akira só tinha plásticos, por isso foi tudo em uma lixeira só. Mas geralmente, dá mais trabalho: é preciso separar o lixo em mais de 10 categorias.

“No começo não é natural separar tanto lixo. No Brasil estamos acostumados a uma lixeira só. Depois, isso começa a ficar natural”, diz o brasileiro.
Parte do lixo que não pode ser reciclada: restos de comida, papéis sujos. Isso é levado em um saco para outra sala.


O lixo segue automaticamente para uma usina. Tubos trazem o lixo para a usina. São cinco tubos, vindos das cinco regiões do bairro. São como gigantescos aspiradores de pó, sugando o lixo diretamente para a usina.

Lá dentro, toneladas de lixo são despejadas a cada minuto. Uma gigantesca garra mecânica, controlada por um comando parecido com o de videogame, recolhe tudo e joga na fornalha. O calor gera eletricidade. Tudo funciona automaticamente. Os engenheiros ficam só de olho para o caso de alguma pane. Nenhum grão de sujeira é desperdiçado.

As cinzas que sobram dessa queima são reaproveitadas, por exemplo, para pavimentar as ruas.

O engenheiro explica que, provavelmente, o ar expelido pela usina é mais limpo do que o que se respira em Tóquio. A energia produzida a partir do lixo abastece até 10 mil residências. E um dos clientes é um ginásio de esportes que, para combinar com o estilo do bairro, se parece com uma nave espacial.

As piscinas do centro esportivo são usadas pelos moradores do bairro, que pagam uma taxa baixa – R$ 6 – para nadar por duas horas aqui. A água é mantida sempre a 30º. Graças à energia vinda da usina de lixo, ninguém precisa passar frio.

Os moradores aproveitam os benefícios de viver em um bairro que é um dos mais limpos do mundo. O resto do Japão não chega a ser assim, mas também não é muito diferente.

As regras de separação de lixo variam de bairro para bairro. Alguns multam os que não obedecem. Mas o que faz os japoneses tão cuidadosos é a educação: eles começaram a separar o lixo há 500 anos, é uma tradição aprendida na escola e com a família.

No Japão, não há lixeiras nas calçadas. Se a gente quiser se livrar de uma garrafa de refrigerante, por exemplo, precisa ir até uma loja de conveniência, onde há um ponto de coleta para reciclagem. O lixo é dividido em quatro categorias. Aí tem que fazer assim: primeiro joga o resto do refrigerante no ralo. A garrafa tem que estar vazia. Depois, arranca o rótulo, que vai para a lata dos plásticos. Finalmente, pode jogar a garrafa fora, no lugar apropriado.

Dá trabalho? Claro que dá. O prêmio é viver em cidades que raramente alagam em dias de chuva e com ruas que parecem sempre ter acabado de passar por uma boa faxina.

6 de abr. de 2010

1 kg Por Dia Por Pessoa de Lixo Sólido

No Brasil são geradas, em média, 170 mil toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos, praticamente um quilo de lixo por habitante. Isso sem contar o esgoto que despejamos. Desse total, 140 mil toneladas são coletadas, mas 60% delas não recebem o destino final adequado. São dados coletados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública), que apontam realmente para uma situação crítica.

Apesar de alguns esforços de avanços e bons exemplos em determinadas regiões do Brasil, ainda falta um marco regulatório que contemple princípios específicos e regras claras quanto à gestão de resíduos sólidos em todo o País, o que inviabiliza ações concretas que alterem de maneira positiva o cenário.

Para se ter uma ideia, no mundo todo, por ano, são produzidos 932 bilhões de toneladas de resíduos. Desses, 250 bilhões são da Europa Ocidental, 225 bilhões dos EUA, 190 bilhões da China Urbana e 50 bilhões da Índia. O Brasil produz uns 45 bilhões de resíduos por ano. Os dados são das Agências Nacionais Ambientais. O problema não é a quantidade de resíduos gerados, e sim o destino delas.

Os resíduos são consequência do desenvolvimento da sociedade e do processo civilizatório, mas é necessário planejamento e organização da cadeia envolvida, tendo o verdadeiro comprometimento dos órgãos públicos para a busca de soluções realmente eficazes. A começar pelo investimento na educação do cidadão.

No caso do Brasil, na minha opinião, é preciso que o governo e as prefeituras cumpram o que estabelece a Lei Federal da Política Nacional de Saneamento Básico. A reciclagem é praticada, mas ainda é muito pequena, que representa apenas de 10 a 15% de coleta do total de volume de recicláveis, onde o restante ainda são depositados em lixões a céu aberto em vários municípios. Só para se ter uma ideia, o aterro da Caximba, na Região Metropolitana de Curitiba, recebe resíduos de 18 municípios, dando um total de 2,4 mil toneladas por dia. É necessário iniciativas no uso de tecnologias, desenvolvendo aproveitamento de materiais, compostagem, biodigestão e utilização como insumo sanitário.

Se houver um bom planejamento estratégico socio-ecologico-econônico, as empresas parceiras poderiam não apenas ter um bom investimento ao fazer planejamento de reciclagem de tais resíduos, como também melhorar o ecossistema do planeta, onde toda a humanidade sairia ganhando, claro, cada um fazendo também sua parte.

1 de abr. de 2010

iCade: transforme seu iPad numa clássica cabine de Arcade


Que tal essa? Mais uma invenção maluca da loja "ThinkGeek". Com a chegada do iPad às prateleiras, é de se esperar que pipoquem por aí toda a sorte de penduricalhos, acessórios, tranqueiras e claro, outras coisas muito úteis pra maximizar a experiência de uso do mais novo gadget da Apple.



Para os gamemaníacos saudosistas, esse é o iCade, um case em formato de fliperama clássico que transformará seu iPad numa autêntica cabine de jogos. O case vem com um adaptador USB de 10W para manter o iPad sempre carregado, mesmo quando estiver sendo usado. Uma excelente pedida para quem quiser transformar seu iPad numa central de games. Que tal jogar também games clássicos do Atari, como Donkey Kong e QBert?

A máquina, que talvez possa mudar a opinião de muita gente em relação ao tablet da Apple, funciona com um simples encaixe do iPad no corpo do mini-fliperama e pronto, a verdadeira diversão começa. Com um joystick e dois botões clássicos, o modelo ainda conta com saída para fichas – e botões para um ou dois jogadores. Não me pergunte como duas pessoas jogam nesse espaço. Talvez em modo Bluetooth com dois iCades...

o iCade, que é feito totalmente de madeira, está sendo vendido inicialmente por US$149,99, mas apenas para quem tem já um iPad. Caso venha a ter uma versão do iPad brasileira, será totalmente compatível com o iCade.

Para ver mais detalhes sobre o produto na ThinkGeek, clique aqui.