13 de mar. de 2025

Game: Stray (Todas plataformas atuais)

Esse game "indie", mas para alguns gamers, podia ser considerado um "duplo AA", Stray, ganhou um prêmio de melhor "indie" em 2022. Surgiu primeiro no Playstation 4 e 5, e depois de algum tempo, saiu para PC, Xbox e Nintendo Switch. Joguei a versão do Switch, que tem a pior performance, que roda numa taxa de 30 fps, mas ainda assim bastante jogável.

Em Stray, passa-se num futuro não tão distante assim, onde a humanidade foi dizimada por doenças e criaturas estranhas causadas por diversas situações (incluindo o domínio das IAs), mas os robôs permaneceram ativos... e alguns animais como os gatos. Entretanto, mesmo os robôs e os gatos podem ser dizimados devido a essas criaturas que assolam o mundo, por isso, os robôs se isolaram em cidades fechadas. O jogador controla um gato e depois de ser separado pela gataria por um evento catastrófico, precisa encontrar um caminho de volta a sua gataria, mas que encontraria um vilarejo com esses robôs tentando "viver" como pode sem os humanos, substituindo-os. 

O jogo é interessante, pois em vez de controlar algum ser humano ou algum robô com características estruturais de humano, você controla um gato, onde ele pode andar, pular como um gato, correr, arranhar lugares e até tirar uma soneca em lugares confortáveis, além de agarrar objetos com a boca quando precisa. O jogo usa bastante exploração em um mundo semi-aberto, pois quando você passa de alguns lugares, é transportado em outros e o anterior fica indisponível, tendo que explorar o novo local. O interessante é que o gato não explora os locais de forma linear e sim, vasculhando o local pulando em pontos onde um robô ou humano não conseguiria vasculhar, como ar condicionados de parede, canos, tambores boiando e frestas dos prédios. Tudo em um ambiente "dark" meio apocalíptico.


 Vamos aos pontos técnicos: seus gráficos não são tão impressionantes, mas possuem nitidez e com visão do gato, deixou inovador com seu campo de visão. Talvez a parte do áudio é a menos chamativa, muitas vezes sem música ou músicas de fundo bastante chatas e sem vida (o que faz sentido num ambiente sem vida mesmo). O gato mia, mas é quase inútil nas gameplays. Aliás, o gato tem uma companhia de um tipo de drone com inteligência "artificial" que orienta o jogador durante a gameplay e narra as situações dos cenários, além de poder conversar entre o gato com os robôs. 


 A jogabilidade é simples, mas fluída, onde já citei algumas funções que o gato faz anteriormente. Já o desafio varia, pois houve uma parte que fiquei travado e precisei apelar para o YouTube (para achar todos os pontos de uma favela até achar o robô que precisava dar continuidade no jogo). Já outras partes envolve destreza para fugir dos "ratos devoradores de tudo" e precisa alcançar um certo ponto desviando deles, mas o pior é que, no caso do Nintendo Switch, quando você morre, o tempo de carregamento para voltar no check point é muito demorado e torna o desafio de não poder morrer muitas vezes, do contrário, você se sente jogando no Neo Geo CD. Isso tirou muito do dinamismo para o fraco hardware do Switch para esse tipo de jogo (talvez o pior defeito da versão do Switch para o jogo). Infelizmente, o jogo começa a ficar enjoativo com o passar do tempo, com muitas repetições de jogatina e depois você só quer que zere logo esse jogo, sem se importar em coletar todas as memórias dos cenários deixados pelos humanos.


 Stray como indie achei bom, mas como "duplo AA" achei pouco pelo que oferece, mesmo com jogabilidade em terceira pessoa num ambiente não linear. Infelizmente tem um enredo pouco interessante e acaba sendo enjoativo com o desenrolar do game. O ponto positivo é a interessante mecânica em simular a jogabilidade de um gato. É um jogo que eu não jogaria de novo, mesmo para tentar "platinar" pegando todas as memórias, pois além da monotonia da jogabilidade, não possui carisma.




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