O caso do goleiro do Flamengo (acho que já é ex-goleiro) tem repercutido no Brasil de uma forma extremamente exaustiva. Até parece que a mídia resolveu mudar o foco da atenção depois da decepcionante campanha da seleção na Copa. A mídia parece que precisava recuperar a audiência perdida depois do fracasso na Copa.
Mas, convenhamos, só porque o acusado é "famoso" (na verdade, eu nem conhecia esse sujeito) é que a mídia expõe esse caso de uma forma super sensacionalista. Como se no Brasil não existissem muitos "indivíduos" iguais a esse por aí a solta.
Claro, é importante que todos nós saibamos o que acontece em nosso cotidiano, mas será que é preciso ficar martelando em cima desse caso, expondo em demasia para que tenhamos um sentimento mais raivoso? É nosso dever ficarmos indignados, buscarmos sempre a Justiça e lutarmos por um país melhor. Mas o que adianta para nós sabermos de detalhes sensacionalistas, sendo que existem notícias mais importantes a serem relatadas? Por que não se divulga muito sobre educação, saúde e, principalmente, relatos positivos de comunidades que batalham pelo nosso país? Porque sabe que esses temas não dão audiência. As mídias preferem sempre notícias que deem "ibope" e, infelizmente, o brasileiro ainda tem uma cultura de interesse "sensacionalista" em que não acrescenta em nada na nossa cultura. Pelo contrário, pode até difamar mais ainda nosso país. A mídia internacional já está também divulgando tal caso do Bruno mundo afora. Já bastou a repercussão negativa do Felipe Melo na Copa a nível mundial. Aliás, é nos momentos de "tensão" e "nervosismo" que vemos o verdadeiro caráter de uma pessoa, se a pessoa "passa na prova" ou não.
Casos, como o daquela advogada assasinada num carro também foram extremamente exauridas pela mídia a ponto de se pensar que só temos notícias ruins para mostrar ao Brasil e ao mundo. Nem vou comentar também sobre o da "ex-estudante" da UNIBAN. Expondo tais notícias exageradamente, o Brasil só tende a perder.
Felizmente, existem outras formas de se atualizar no cotidiano sem precisar ficar somente nas TV's ou nas rádios. Se a mídia insiste em buscar casos que deem audiência, temos que saber filtrar as notícias que chegam até nós, seja na TV, internet ou qualquer outra forma de comunicação. O que não podemos é alimentar esses casos para ficarmos somente indignados e revoltados (e também dando audiência para mídias que só visam lucro). Se cada um fizermos nossa parte, não teremos que aturar cada vez mais casos bizarros como esses.
OBS: Já tinha postado algo sobre isso neste blog. Ver link aqui. Por isso, fica aqui, de novo, meu desabafo.
OBS 2: No último domingo (dia 11), a Globo, com o "Fantástico" e a Record com o "Domingo Espetacular", abriram seus programas ao mesmo tempo falando só sobre esse caso do Ex-goleiro do Flamengo, fazendo cobertura completa e gravações com simulações dos casos. Tudo para abocanhar audiência um do outro. A conquista da Espanha na Copa ficou em segundo lugar. A mídia brasileira está repugnante!!
Este aspecto sensacionalista é realmente deplorável. Noticiar ou informar sobre o fato, é uma coisa. Transformar tudo em novelas do cotidiano é pobreza de espírito. Parabéns!
ResponderExcluirConcordo em gênero e grau, Milton.
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