16 de mai. de 2020

Game: Streets of Rage 4 (PS4 / XBox One / Nintendo Switch / PC)


A franquia "Streets of Rage" dispensa apresentações. Todo mundo já conhece a famosa saga do famoso "briga de rua" da Sega, iniciando pelo Mega Drive. Além dos três títulos principais dentro do Mega Drive, houve uma versão "Remake", não-oficial criada por fãs, e convenhamos, ficou muito além do que esperava, tanto que até arrisco dizer que juntou o que foi de melhor das três versões originais, criando um produto que ficou melhor até os originais da Sega até aquele momento.

 Depois de mais de duas décadas após "Streets of Rage 3", eis que surge a tão aguardada 4a versão oficial da franquia, dessa vez criada pela empresa chamada "Dotemu", em parceria com a Sega. Nessa 4a versão, apenas Axel ficou aparentemente mais velho ficando mais gordo e deixando barba crescer, mas ainda em forma. Blaze não mudou nada e Adam (desbloqueável depois uma jogatina) tem um visual mais "playboy", aliando também com sua filha Cherry (portando uma guitarra) e outro grandalhão chamado Floyd (com os mesmos braços biônicos de Jax, de MK). Ao longo da jogatina, libera-se as versões clássicas do trio principal de SoR, mais as versões clássicas de Skate, Zan e Shiva.


Falando em gráficos: ficaram bacanas com estilo cartoon, com os backgrounds bem detalhados e vários "easter eggs" que só quem entende das franquias da Sega irão entender. As animações e iluminações estão bem detalhadas, dando foco às luzes nos personagens quando vão de encontro a pontos luminosos e escurecendo os mesmos depois de ir a lugares escuros. Os designs dos personagens e inimigos estão competentes e bem feitos, com uma ressalva: eu, particularmente não curto tanto esses traços de cartoons meio "americanizados" (meu gosto apenas), já que se fosse com um traço mais oriental tendendo para mangás, para mim, seria o ideal, ou mesmo com os clássicos "pixel arts" já consagrados da franquia Streets of Rage, como foi com o Remake, claro, com uma melhora de retoque de acordo com a nossa tecnologia atual. Os personagens clássicos dispensam classificação de carisma, já que são bastante famosos e carismáticos; já os novos, esse Floyd não despertou muito carisma para mim, mas a Cherry eu gostei. Agora, alguns bosses eu até achei mais "cools" até do que a Cherry, como a policial Estel. Aliás, até a data deste post, acredito que alguns bosses poderiam entrar numa próxima DLC para ser desbloqueável e serem jogados, até fizeram uma montagem colocando a Estel, novo Shiva e a Diva na tela de seleção de personagens; quem sabe né. E sobre os filhos do Mr. X, o Mr. e a Mrs. Ys, não têm a mesma "pinta" de vilões como seu pai; mais parecem filhos mimados que herdaram tudo de seu pai e tentam corromper a polícia com seus jeitos de personagens jovens de animês.


Falando em sons e trilha sonora, apesar dos mestres das trilhas sonoras que contribuiram no jogo, como Yuzo Koshiro e Yoko Shimomura (Street Fighter 2), em geral a trilha sonora é empolgante e super competente, mas não achei tão marcante como foram com as trilhas de SoR1 e SoR2. Claro, a qualidade de lá pra cá melhorou exponencialmente, isso é inquestionável, porém, alguma coisa não me marcou tanto como as trilhas das primeiras fases dos dois primeiros jogos, por exemplo. Até as músicas dos chefes ainda estão mais marcantes nos dois clássicos do que neste atual.  Mas em geral, curti sua trilha sonora sim. Os efeitos sonoros e as vozes são competentes e não há nada a questionar.


Terminando com desafio e jogabilidade: o jogo no modo normal é tranquilo de zerar e tem "auto save" entre uma fase e outra e isso é bom, porque o jogo ficou longo, com mais fases do que de costume, mas dá para jogar tudo de uma vez se tiver mais tempo e paciência, que aliás, quando você zera uma vez, libera o modo "arcade" que você é obrigado a jogar o jogo sem "saves" e com apenas um "continue", mas acumula as vidas ganhas entre uma fase e outra. No modo "história", para cada fase que você começa, volta com suas vidas iniciais (3 vidas para "normal" e 2 vidas para "difícil", por exemplo). Em suma, a dificuldade é progressiva e pra variar, zerar no modo "mania" é para poucos. Os controles estão bem adaptados e com ótima jogabilidade, com uma ressalva: muitos personagens até mesmo os que já vêm disponíveis logo no início do jogo não têm a corridinha e a esquiva vertical, o que deu uma sensação de falta de agilidade nos personagens. Em todos os jogos de "beat en up" atuais, sem a corridinha, me limita bastante as esquivas e contra-ataques e isso é um ponto negativo no quesito jogabilidade. Até entendo a falta da corridinha nos beat en ups antigos, pois não tinham ainda essa inovação, mas hoje, sem isso não dá (pelo menos para mim). Agora, um fator bastante positivo foi ter implementado um botão de "pegar" os itens e as armas, ao invés de usar o mesmo botão de atacar para pegar, como era antigamente. Assim, você evita "pegar" sem querer os itens, enquanto você bate os inimigos. E também, se você estiver com uma arma e quiser arremessá-lo contra os inimigos, é só apertar para a direção do oponente e apertar de volta o botão de "pegar" ao invés de ficar com a arma até quebrar.


Adquiri a versão para PC na Steam por uns 80 reais no lançamento. Digo que valeu a pena o investimento, para quem curte SoR e quer uma nova opção de "briga de rua". Mas para quem não tem pressa de jogá-lo, espere alguns meses (por exemplo, até o evento de Halloween) para quem sabe a Steam dar algum desconto. O fator replay é grande, pois até você liberar todos personagens, vai precisar jogar em todos os níveis de dificuldade e se quer "platinar" fazendo ranking S em todas as fases, boa sorte, vai dezenas e dezenas de vezes até conseguir ficar craque.

Compartilho uma opinião do canal "História Revista", que praticamente tem a mesma opinião minha.








5 comentários:

  1. Muito caro. Tenho bastante jogo disponível. Posso esperar alguns anos pra jogar esse. Por isso nunca pego lançamentos...

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    1. Eu só entrei na vibe do SoR e queria ver como os personagens estão tanto na aparência como na jogabilidade

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  2. Jogando agora com a nova DLC, incluindo Shiva, Max e a policial Estel. Sinceramente, gostei mais da Estel que os outros dois, talvez por ser personagem nova mesmo, além de golpes massas. Tem um novo modo "sobrevivência", que é o survival tradicional do games de luta. Não é caro a DLC (15 reais mais ou menos) e acrescenta mais opções ao jogo.

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  3. Continuando a jogar SoR4 no Switch. Estel e Adam para mim realmente são os melhores.

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  4. Não dá, não consigo passar da fase 33 do modo "sobrevivência". De repente, os inimigos se multiplicaram, ficaram muito mais fortes e ficou escasso de maçãs e frangos. Aí a coisa complica mesmo. E o curioso é que 33 é a idade de Cristo...

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