8 de mar. de 2021

Game Nostalgia: Super Ghouls n' Ghosts (Super Nintendo)

Quem conheceu a saga Ghosts n' Goblins desde o fliperama sabe da dificuldade injusta que essa série de jogos proporcionou aos jogadores. Atualmente, jogar a série ficou bem mais fácil graças aos emuladores com os "save states", mas antigamente quando sequer tinha password entre uma fase e outra... zerar na raça realmente era para poucos.

Confesso que re-joguei esse clássico no emulador e ficou bem mais tranquilo e sem estresse maior para terminar o jogo, e confesso também que acabei sendo "nutella" com isso, haha. Mas para que ficar se estressando morrendo centenas de vezes e recomeçar a fase ou do checkpoint mais para trás para depois morrer de novo no mesmo lugar?  É claro que a sensação de terminar o jogo na raça sem essas "trapaças" nos dá uma sensação de poderio inimaginável, podendo até se extravasar com sua conquista árdua empunhando suas mãos e gritando "yeeeeesssss!!!!". Mas para quem queria apenas relembrar do jogo como eu, para que perder tempo se estressando em apenas UM jogo, quando que minha intenção era apenas me divertir de forma mais rápida para poder aproveitar os outros jogos retrôs com mais tempo e sossego? Na época dos anos 90, joguei muito o Ghouls n' Ghosts do Mega Drive a ponto de varar a madrugada tudo para tentar chegar ao final. Claro, o jogo dava continues infinitos, mas ainda assim era frustrante ter que começar a fase tudo de novo várias vezes. E para minha surpresa na época, quando eu achava que estava prestes a encarar o chefão final, a princesa me manda voltar pro começo do jogo para pegar uma arma especial que só com ele iria derrotar o último chefe... qual minha frustração foi quando voltei para aquele cenário do cemitério e ter que encarar tudo de novo. Desisti do jogo naquele momento e só depois de algum tempo é que descobri que dava para selecionar fases com um truque, aí fiz essa "trapaça" e fui direto pro chefão final. Demorei para derrotar mas acabei conseguindo, mas a sensação de zerar o jogo naquela época foi meio frustrante por eu ter só conseguido ver o final com o truque de seleção de fases. 

Hoje, com tantos jogos a disposição (Steam, PSN, Eshop, Gamepass e emuladores a rodo), se o sistema permite saves, por que não usar? E por que vou perder tempo em um jogo apenas quando se tem milhares e milhares de games a disposição atualmente, diferentemente da época dos anos 80 e 90, e sem internet? Antigamente a gente só tinha videogames e poucos jogos para nos entreter, daí o empenho de zerar aquele games, mesmo custando nosso estresse. Hoje, estressar por causa de jogo é uma coisa que devemos e podemos evitar, utilizando tais artefatos (saves, retroceder jogadas...) e assim, podendo zerar com mais tranquilidade e rapidez para depois passar para os próximos games... afinal já basta o estresse do dia a dia.

Bom, depois de ter falado e desabafado sobre a dificuldade injusta de Ghouls n' Ghosts, menciono brevemente seus gráficos, quer eram ótimos pra aquela época, com sons peculiares que acabam grudando na nossa mente (como os sons de explosão de inimigos, quebrando a armadura e o famigerado som de virar esqueleto). As músicas combinam bem com a ambientação de cada fase e o fator diversão talvez seja o ponto polêmico, já que por causa da dificuldade injusta, muitos acabam se estressando, mas outros gostam desse tipo de desafio e encara dezenas e dezenas de vezes o mesmo trecho até conseguir passar de fase (daí a sensação de "missão cumprida" com louvor). 

Em suma, para mim, jogar Super Ghouls n' Ghosts e sua saga anterior nos emuladores, eu recomendo; já se for jogar no próprio SNES ou no Mega Drive, aí talvez você passe raiva... a não ser para quem gosta de grandes desafios, aí jogar no hardware original pode dar uma sensação de "gamer raiz" com orgulho.



4 comentários:

  1. Acho que a primeira versão é mais dificil

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    1. Dizem mesmo que o Arcade Ghosts n Goblins era mais difícil mesmo, porque vc só podia ter a armadura clássica azul sem usar as magias, além de não ter como atirar pra cima, pra baixo e não dar salto duplo.

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