OBS: "Todas plataformas" significa: "PS4, PC, XBoxOne, Nintendo Switch e gerações superiores".
Dragon Ball FighterZ (DBFZ) é um dos games mais recentes da saga de Dragon Ball Z, onde temos a junção de quase todos os personagens desde o Goku pequeno (adquirido via DLC), até a saga atual SuperS (com os deuses como Bills e Goku Black). O jogo é de luta mas, ao contrário de vários anteriores, DBFZ tem uma linhagem como em Marvel vs Capcom 2, onde podemos selecionar até três lutadores e intercalando entre eles para derrotar o oponente também de até três adversários, com a mesma dinâmica de soltar combos e emendá-los com golpes especiais e super especiais. Porém em DBFZ, tem uma dinâmica ainda mais frenética, pois os golpes podem ser raios gigantes, teleportes apelativos e golpes em conjunto com seus outros aliados selecionados, além de golpes anti-voadoras, anti-magias, etc... E no lugar de lutas intermináveis, como no animê, as lutas são frenéticas e super rápidas, conforme o nível de habilidade dos jogadores e do CPU.
A jogabilidade é boa, com respostas rápidas e precisas, e os comandos para os golpes são bastante simples, exigindo apenas fazer o movimento de "um quarto de lua" + "botão" para realizar os golpes especiais e secretos, com a condição de acumular uma boa quantidade de "ki". O resto é a habilidade de apertar os botões corretos de forma rápida e sincronizada para obter o máximo de combos interessantes. Mas apesar da simplicidade, há um monte de técnicas que exigem que você tenha que configurar todos os 10 botões do controle, além de mais um (que acabei pondo no botão "select") para completar quase todas as técnicas possíveis do jogo, pois muitas exigem que você aperte dois botões ao mesmo tempo (como o teleporte e o carregamento de ki).
O desafio do jogo é competente. No modo história, nos primeiros arcos, as lutas são facílimas e tem tutorial chato para fazer antes de começar as lutas, mas conforme progresso, vai aumentando a dificuldade. Nos torneios e modo "arcade", a primeira luta é fácil, mas para cada avanço, sua dificuldade aumenta até chegar numa dificuldade onde você será exigido com habilidades para defender e contra-atacar rapidamente e vencer. Entretanto, no modo história dificuldade normal, eu acabei vencendo todas as lutas fazendo sempre o mesmo esquema: se jogando em cima do oponente e em seguida fazendo combos com golpes básicos de um botão repetidamente, não importando muito com quais personagens: todos realizam os mesmo golpes, fazendo com que as lutas no modo história fiquem cansativas, mas isso na dificuldade normal, pois na difícil, essa técnica já não funciona bem. Os gráficos estão muito bonitos, com arte em animê por cima dos modelos dos personagens em 3D com bastante rapidez e fluidez nas animações. O som e as vozes são competentes, tendo a opção de por vozes em japonês original ou em inglês. Minha preferência, obviamente, é a dublagem japonesa. As músicas são interessantes, mas nenhuma me chamou muita atenção, talvez a melhor seja a tela de seleção de arcos das histórias no jogo.
E falando em história (filler, por sinal), o jogo não segue uma sequência correta da série, mas se passa na saga Z onde já temos o Gohan adulto, com o Gotenks e com o Kuririn já casado com a Android 18, marcando também a presença da Android 21, cujo tema central se passa nela. Mas por causa do pedido da Android 21 para o Dragão das Esferas, todos os vilões anteriores como Freeza, Cell e até Nappa são ressuscitados para compor o plano diabólico da Android 21, além da organização Red Ribbon criar vários clones de todos os lutadores iniciais presentes no jogo. Aliás, a desculpa dos clones na história é justamente para que o jogador batalhe muitas e muitas vezes, aumentando os níveis até chegar nos personagens chaves que vão compondo a história e esses personagens chaves devem ser derrotados com uma boa quantidade de nível, como se fosse num jogo RPG de estratégia. E só mesmo num jogo (pelo menos eu acho) que temos a turma do Freeza e do Cell ao lado da turma do Goku para tentar derrotar a Android 21 (uma espécie de Majin Boo feminina). Mas as "cut-scenes" com as vozes dos personagens são interessantes em acompanhar.
E por fim, a Bandai resolveu "dar uma de Capcom" fazendo igualzinho em Street Fighter V, onde para adquirir os personagens extras dos cantos da seleção de lutadores, deve-se comprar DLCs a parte para ter cada lutador. Em suma, quem quiser jogar com Mestre Kame, Videl, Bojack, Vejito, Kefla e outros, só pagando com "cash vivo" para a loja virtual; uma lástima. Vou ficar só com os que têm disponíveis no jogo original mesmo. DBFZ diverte bastante, e se para você, que já conhece a história de Dragon Ball, não ligar muito para a lógica da história, o jogo rende muitas horas de jogo, mesmo jogando sozinho, como foi meu caso. Porém peca na variedade de estilo de golpes diversificados para cada lutador, pois praticamente, a eficiência e combo nos golpes é a mesma para todos os personagens, não diferindo muito você jogar com Goku de cabelo azul com o Yamcha, por exemplo. Aprendeu a jogar com um, aprendeu a jogar com todos, praticamente. Minha recomendação: compre só se tiver com alguma ótima promoção, tipo uns 50% de desconto pra cima. E segure a vontade de ficar comprando cada DLC para cada lutador, pois além de não inovar muito de lutador para lutador, o jogo acaba saindo muito caro no final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário