Depois de 35 anos, eis que surge uma versão remake do clássico Alex Kidd in Miracle World, na qual a Sega terceirizou totalmente a propriedade intelectual do jogo, passando para diversos estúdios independentes para recriarem tal clássico nos videogames atuais.
Como é o mesmo jogo, a história também é a mesma, então segue o esquema do vilão chamado Janken, que petrificou os habitantes do reino de Radaxian, mantendo preso o irmão de Alex em um dos seus castelos, reivindicando o trono do reino para si. Cabe então o príncipe Alex a derrotar Janken e seus capangas em forma de mãos de "jankenpô". Neste remake, há a possibilidade jogar alternando a versão moderna redesenhada de forma "cartoonesca" com a versão clássica do design de 8 bits do Master System a qualquer momento da jogatina e isso foi um ponto interessante para fazer as comparações gráficas e sonoras de uma versão com a outra de forma nostálgica. Talvez esse seja o ponto mais positivo do jogo.
Os gráficos, apesar de serem mais modernos, não chegam a impressionar, ainda mais com esse design de cartoon do Alex e os outros personagens, eu particularmente, queria traços mais orientais "fofos" como na capa da versão japonesa do jogo clássico no Master System, pois combina mais com o mundo de Alex e seus "onigiris" (apesar que aqui também você pode escolher hambúrguer como comida do Alex). O áudio e as músicas também não chegam a impressionar, mas são ok. O remix da música clássica das fases do jogo ficaram bacanas, mas possui faixas novas em que no jogo original não tinha.
Agora, vamos falar da dificuldade e da jogabilidade. Talvez esses sejam os pontos críticos e polêmicos do jogo. Eu, como jogador antigo de Alex Kidd no Master System, senti que a movimentação de Alex é bastante "manteigoso", isto é, ele derrapa sempre no chão, fazendo com que a gente caia em espinhos e inimigos toda hora, perdendo vidas de bobeira, e aqui já sabe, "one hit kill", caiu ou encostou, morreu. Além do que o jogo deixa os inimigos em posições bastante "sacanas" tendo que tomar o máximo de cuidado em não dar de encontro com eles. No jogo original, isso não tinha. Pelo menos o jogo ficou mais longo, com mais fases e desafios e isso é bom. Mas a sua tentativa em progredir sem morrer muitas vezes é bastante desafiador, por isso só consegui chegar ao final do jogo usando a opção de "vidas infinitas", do contrário, você toma game over, mas pode continuar o jogo no começo da fase... mas sem dinheiro e sem os itens que você recolheu e isso fica ainda mais complicado. Precisa treinar bastante se quiser zerar o jogo sem utilizar vidas infinitas. O jogo original também era difícil, mas bem mais generoso em termos de jogabilidade e dificuldade dos inimigos.
Aqui também, zerar o jogo é bem rápido, leva menos de uma hora, se conseguir jogar bem. O fator replay não é muito, mas tem. Depois que você zera o jogo, adicionará algumas opções, como jogar o jogo original do Master System, jogar somente as batalhas contra os chefões e tentar zerar o jogo sem usar vidas infinitas. Confesso que esse jogo foi feito apenas para os fãs de Alex Kidd e não para jogadores em geral. O maior apelo desse jogo é realmente o fator nostalgia, de resto, gráficos e áudio apenas ok e os "nutellas" que não conheceram ou não gostavam de Alex Kidd, só irão passar raiva desse jogo, mesmo jogando com vidas infinitas, haha.
Trocar onigiris por hamburgers... os gringos realmente se apossaram desse jogo. É por isso que eles precisam ter as regras de apropriação cultural por aqueles lados.
ResponderExcluirEu já achava o controle do original ruim, imagino nesse então.
Daí a dificuldade elevada. Se não fosse as benditas vidas infinitas, acho que eu iria sofrer adoidado para zerá-lo.
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