24 de jul. de 2021

Game: Alex Kidd in Miracle World DX (PS4 / XBoxOne / Switch)

Depois de 35 anos, eis que surge uma versão remake do clássico Alex Kidd in Miracle World, na qual a Sega terceirizou totalmente a propriedade intelectual do jogo, passando para diversos estúdios independentes para recriarem tal clássico nos videogames atuais.

Como é o mesmo jogo, a história também é a mesma, então segue o esquema do vilão chamado Janken, que petrificou os habitantes do reino de Radaxian, mantendo preso o irmão de Alex em um dos seus castelos, reivindicando o trono do reino para si. Cabe então o príncipe Alex a derrotar Janken e seus capangas em forma de mãos de "jankenpô". Neste remake, há a possibilidade jogar alternando a versão moderna redesenhada de forma "cartoonesca" com a versão clássica do design de 8 bits do Master System a qualquer momento da jogatina e isso foi um ponto interessante para fazer as comparações gráficas e sonoras de uma versão com a outra de forma nostálgica. Talvez esse seja o ponto mais positivo do jogo.

Os gráficos, apesar de serem mais modernos, não chegam a impressionar, ainda mais com esse design de cartoon do Alex e os outros personagens, eu particularmente, queria traços mais orientais "fofos" como na capa da versão japonesa do jogo clássico no Master System, pois combina mais com o mundo de Alex e seus "onigiris" (apesar que aqui também você pode escolher hambúrguer como comida do Alex). O áudio e as músicas também não chegam a impressionar, mas são ok. O remix da música clássica das fases do jogo ficaram bacanas, mas possui faixas novas em que no jogo original não tinha. 


Agora, vamos falar da dificuldade e da jogabilidade. Talvez esses sejam os pontos críticos e polêmicos do jogo. Eu, como jogador antigo de Alex Kidd no Master System, senti que a movimentação de Alex é bastante "manteigoso", isto é, ele derrapa sempre no chão, fazendo com que a gente caia em espinhos e inimigos toda hora, perdendo vidas de bobeira, e aqui já sabe, "one hit kill", caiu ou encostou, morreu. Além do que o jogo deixa os inimigos em posições bastante "sacanas" tendo que tomar o máximo de cuidado em não dar de encontro com eles. No jogo original, isso não tinha. Pelo menos o jogo ficou mais longo, com mais fases e desafios e isso é bom. Mas a sua tentativa em progredir sem morrer muitas vezes é bastante desafiador, por isso só consegui chegar ao final do jogo usando a opção de "vidas infinitas", do contrário, você toma game over, mas pode continuar o jogo no começo da fase... mas sem dinheiro e sem os itens que você recolheu e isso fica ainda mais complicado. Precisa treinar bastante se quiser zerar o jogo sem utilizar vidas infinitas. O jogo original também era difícil, mas bem mais generoso em termos de jogabilidade e dificuldade dos inimigos.

Aqui também, zerar o jogo é bem rápido, leva menos de uma hora, se conseguir jogar bem. O fator replay não é muito, mas tem. Depois que você zera o jogo, adicionará algumas opções, como jogar o jogo original do Master System, jogar somente as batalhas contra os chefões e tentar zerar o jogo sem usar vidas infinitas. Confesso que esse jogo foi feito apenas para os fãs de Alex Kidd e não para jogadores em geral. O maior apelo desse jogo é realmente o fator nostalgia, de resto, gráficos e áudio apenas ok e os "nutellas" que não conheceram ou não gostavam de Alex Kidd, só irão passar raiva desse jogo, mesmo jogando com vidas infinitas, haha.






2 comentários:

  1. Trocar onigiris por hamburgers... os gringos realmente se apossaram desse jogo. É por isso que eles precisam ter as regras de apropriação cultural por aqueles lados.

    Eu já achava o controle do original ruim, imagino nesse então.

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    1. Daí a dificuldade elevada. Se não fosse as benditas vidas infinitas, acho que eu iria sofrer adoidado para zerá-lo.

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