Michael Jackson pode ter sido considerado o "Rei do Pop", mas a união dele com a Sega fez uma franquia conquistar uma gama de gamers retrô com o "Michael Jackson's Moonwalker". Baseado no filme do cantor, Moonwalker também foi lançado para Master System e para arcade, sendo este último numa jogabilidade diferente mais parecendo "beat en' up" do que plataforma.
Seguindo mais ou menos a trama do filme, Michael Jackson precisa resgatar as crianças raptadas por Mr. Big e sair em perseguição ao grande vilão, no mesmo estilo "Shinobi" de ser. Em cada fase, Michael precisa abrir portas, janelas, vasculhar arbustos e cavernas para encontrá-las e precisa encontrar todas para assim enfrentar os chefes de cada fase e em seguida, prosseguir na jogatina. Ao mesmo tempo que vai resgatando as crianças, precisa derrotar os inimigos que ficam atrapalhando, mas com detalhe, Michael possui poderes que podem fazer os inimigos voarem pra fora da tela, além do ataque com seu chapéu de gangster e de suas danças, que funcionam como se fosse os "ninjitsus" de Shinobi: todos os inimigos da tela dançam junto com Michael para no fim serem derrubados, mas isso custa quase a metade da barra de life de Michael, portanto, sugiro usar apenas em situações complicadas, porém ao resgatar cada criança, recupera-se parte do life de Michael.
O jogo em si é legal e manda bem nas animações dos passos de dança do Michael com uma ótima trilha sonora com as músicas próprias dele e suas adaptações para o Mega ficaram muito boas, considerando as limitações técnicas do videogame da época. Entretanto, eu achei o game meio repetitivo e um pouco enjoativo, apesar de ter um esquema semelhante de Shinobi (que este sim achei muito mais legal). Para quem joga o game pela primeira vez, achar todas as crianças pode ficar chato se você não se lembrar em quais portas já verificou antes, pois corre o risco de jogar a fase inteira em "loop" e esquecer de verificar todas as portas. Além disso, os inimigos vão reaparecendo mesmo que você já tenha os derrotado nos mesmos lugares; aí fica complicado. Outro ponto em questão é a utilidade do poder de Michael em hipnotizar os carinhas da tela para fazer dançar, pois você pode zerar o game sem precisar utilizar esse poder, já que consome quase metade de seu life e precisa ficar rodopiando por uns 2 segundos até acionar o poder; até lá você já ter matado os inimigos com o rodopio, pois o Michael fica invencível durante essa manobra, fazendo mais graça no jogo do que utilidade mesmo. Isso vale também pra ataque do chapéu, pois precisa também rodopiar para atacar, e que também consome sua energia. Agora, o passo "moonwalker", aquele que o Michael caminha pra trás, já é até útil para caminhar em esteiras ou teia de aranhas, não afetando sua velocidade. O grande ponto forte está mesmo nas músicas do jogo, com ótima conversão das músicas do Rei do Pop para o som dos 16 bits do Mega Drive. Na época, eu até cheguei a gravar em fita cassete as músicas do jogo para ficar ouvindo no quarto. E mencionando seu desafio, jogar no easy, como próprio nome diz, é fácil de zerar, pois os golpes e raios dos inimigos não chegam a tirar tanta energia, fazendo o Michael aguentar mais o tranco. Agora jogar no normal já precisa tomar mais cuidado para não tomar dano e no hard já fica punk o esquema...
Portanto, Moonwalker para Mega Drive é um clássico que vale a pena mesmo para quem não é fã de Michael Jackson, apesar dos defeitos mencionados acima; as partes positivas superam as negativas.
Seria melhor se os especiais dele fossem via barra de energia que vai acumulando e pode usar ou juntar mais de um.
ResponderExcluirOu então numa espécie de Ninjitsu de Shinobi que você pode usar uma vez em cada fase. Se não usou, vc ganha pontos extras.
ExcluirRegistrando aqui que novamente zerei o game na dificuldade normal e em relação à dificuldade easy, o salto de dificuldade foi gritante, com mais presença de inimigos e dano maior na sua barra de life. Nem quero arriscar a zerar no hard.
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