11 de set. de 2020

Série: GDLK - High Score

 

Uma série documentária da Netflix que mostra a história dos videogames, passando pelos primórdios do jogo "Pong", explicando os principais pontos importantes para cada sucessão de era dos games e entrevistando os primórdios visionários do mundo dos games, como o Nolan Bushnell (criador do Atari), Tom Kalinski (ex-CEO da Sega America) e Akira Nishitani (design de Street Fighter), mostrando além da entrevista, animações e atuações dos próprios entrevistados em momentos em que eles viveram na época. Querendo angariar um público mais jovem, que não viveram a época dos anos 80 e 90, GDLK mostra uma direção bastante ativa, animada e com uma linguagem simples e objetiva para que qualquer público (seja jovem ou adulto), possam entender a importância desses caras para o atual cenário dos videogames (seja em consoles, PC, arcades ou até mesmo nos portáteis como celulares).

Dividida em seis episódios de uns 45 minutos cada, GDLK tenta ampliar a vasta gama de documentários já existentes sobre as histórias dos videogames, sem deixar se ficar desatualizada mesmo após vários anos. Por isso mesmo, a série só mostra mais os pontos de divisão de águas, como o surgimento da Atari nos anos 70, o crash de 1983, o domínio completo da Nintendo nas décadas de 80 e começo dos anos 90, a rivalidade da Sega contra a Nintendo, o "boom" dos jogos em "3D" com visão em primeira pessoa, e a importância de Street fighter II e Mortal Kombat nos jogos de luta. Muito fácil de entender e cadenciada, não deixando a sequência das informações ficarem bagunçadas e não sendo necessariamente em ordem cronológica da evolução dos games. 

No final de cada episódio, sempre tem um pequeno momento para falar sobre o tema do próximo episódio, sempre "lincando" com o tema presente do episódio, de forma que não fica uma drástica mudança de assunto. Só não entendi por que o documentário não foi totalmente legendado ou totalmente dublado: as partes das falas dos visionários japoneses eram legendadas enquanto que nas partes dos americanos e o narrador eram dubladas... Mas o meu ponto crítico para essa série foram as abordagens que poderiam ter sido dispensadas, como a politização dos governantes americanos na época, a crítica com a Igreja, o embasamento exagerado dos grupos LGBTs e a discussão prolongada sobre o tema "violência nos games" que provocaria o congresso americano, citada em Mortal Kombat e em Night Trap. Os produtores não precisavam gastar muito tempo em temas polêmicos para além dos videogames.


Enfim, a série é relativamente OK e cumpre passar as informações básicas sobre a história dos videogames baseados em entrevistas dos visionários dos games, mas deixou também a desejar sobre mais detalhes em outras partes que poderiam ter sido citadas e que foram importantes também, como a Sega antes do Mega Drive, a batalha dos jogos em CDs começando com o PC Engine, a relevância da Sony com o Playstation... e por que não mencionar a evolução dos jogos com sensores de movimento, como o Wii e o Kinect? Ao invés de complementar informações, perderam tempo mencionando demasiadamente temas polêmicos. Existem séries melhores do que o GDLK, até mesmo o "modesto" documentário brasileiro "1983: O ano dos videogames no Brasil" é melhor, mesmo focando somente sobre a Atari no Brasil. Vale a pena conferir mais como curiosidade em ver grandes nomes dos videogames darem entrevistas e atuando.






2 comentários:

  1. Dividir o texto em parágrafos menores facilita pra gente ler.

    Não tem link pra poder ver esse vídeo?

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    1. Ok, vou mudar isso daqui em diante. Eu baixei por torrent mesmo.

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