2 de jul. de 2010

As Lições para o Brasil numa Copa


É, a copa de 2010 acabou para o Brasil. Alegrias de um lado, tristezas de outro. Não tem jeito. Dessa vez, a seleção não teve “competência” em seguir adiante, mostrando o quanto o futebol está cada vez mais disputado, acirrado e horrível de ver. Aquela sensação de jogar com o coração, na raça não existe mais como antigamente, e isso não serve apenas para o Brasil, mas para outras seleções em geral. Talvez o futebol tenha mudado muito a ponto de que não exista mais aquela “potência mundial” no futebol. Os espetáculos dentro de campo ficam em segundo plano, valorizando somente o resultado “custe o que custar”. Dentro de campo, presenciamos jogadas desleais, violência, provocações, xingamentos e acusações. Claro, se uma seleção ganha a Copa, tudo isso é esquecido, mas quando perde, ficamos lembrando somente decepções e tais atos descritos acima, culpando o técnico, todos os jogadores, a comissão da seleção... nossa, que “energia” negativa é essa...

Parece que numa copa, ou temos alegria demasiada ou decepção acentuada, jogando culpa em fulano ou beltrano. Por que esses sentimentos (alegria e tristeza) ficam exagerados dentro de nós? Será que não estamos muito “bitolados” em futebol? A gente tira sarro dos argentinos, mas e a sensação oposta não é desagradável? Eles (argentinos) devem estar felizes de “orelha a orelha” pela eliminação do Brasil. Mas fico pensando, É agradável ficar feliz à custa das “desgraças” dos outros? Paremos para pensar.

A Copa do Mundo têm se mostrado cada vez mais de interesse financeiro, que é incrível como uma competição pode, muitas vezes, mudar o comportamento de um país durante as partidas. Quando a seleção entra em campo, tudo para. Claro, temos que dar o maior apoio possível à nossa seleção, mas não podemos fazer os jogos do Brasil na copa um pretexto para virar “feriado”. Apesar da enorme alegria quando a seleção ganha, isso não muda o lado sócio-econômico do país.

Os altos salários dos jogadores das melhores seleções, na maioria das vezes, não justificam nas suas atuações dentro e fora do campo. Numa competição, onde o poder, a fama e o dinheiro estão cada vez falando mais alto, fica difícil acompanhar o futebol mundial com paixão. E por falar em dinheiro, no “fiasco” da copa de 98, foi praticamente certo de que o Brasil “vendeu-se” por interesses ocultos. E também em 2002, quando a “meio-expressiva” Coréia chegou até as semi-finais, desbancando Itália e Espanha. Claro, a FIFA queria arrecadar mais com uma das seleções anfitriãs nos mata-matas. Não duvido não se alguns jogos não foram meio manipulados por trás. Dá para ter credibilidade nisso tudo?

Outra questão são os absurdos erros de arbitragem, principalmente nesta última copa que deixam a competição cada vez menos valorizada e até raivosa. Acho que o objetivo dos jogos não é deixar ninguém com raiva ou desprezo. Na verdade, teríamos que ser mais humildes e respeitosos.

Se o Brasil está fora dessa Copa é porque o fato foi merecido mesmo. As derrotas servem para refletir e analisar nossos comportamentos e buscar forças para mudanças, pois todos nós precisamos sempre mudar; sem elas, não há evolução e caráter.

2 comentários:

  1. Pois é, essa copa foi marcada por jogos sem brilho, sem espetáculos. Por um lado acho bom que os times menos favoritos comecem a surpreender, até mesmo como foi o caso do Japão, mas o bom futebol deveria sempre vir acima de tudo... E isso envolve um jogo limpo... Essa história de querer ganhar na base da falta é muito ruim...
    Bem, tomara que a próxima seja melhor!

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  2. É esperar para ver daqui a 4 anos, no Brasil. Porém, a pressão agora será imensa. O novo treinador da Seleção vai pegar um pepinaço.

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