19 de out. de 2015

O Futuro dos Games Portáteis

Eu já tive um Game Gear, um Game Boy e um PSP (primeiro modelo), além, claro, daqueles “gaminhos” de tela monocromática com pixels fixos nas telas, como Donkey Kong, bombeiros, etc...

Uma época em que videogames começaram a virar febre a partir do Atari, Master System e Famicom, games portáteis também começavam a engrenar com aqueles “gaminhos” de telas monocromáticas, onde você movimenta personagens já desenhados de forma fixa determinada na tela, durante a construção do jogo. Clássicos como Donkey Kong, Tetris, pescarias e bombeiros, por exemplo, começavam a virar febre nas lojas importadoras e eletrônicos do país, até que surgiram os primeiros consoles portáteis de verdade, como o Game Boy e o Game Gear, com hardware semelhante aos dos videogames caseiros. O primeiro era de tela monocromática, mas com dinâmica dos pixels como em videogames normais. O segundo já era com tela colorida, igualzinha a uma mini-tv. A grande vantagem de ter consoles portáteis era a mobilidade e praticidade em jogar em qualquer lugar, porém, a grande desvantagem era a duração das pilhas (sim, ainda não se utilizava baterias neles), e ter um estoque de pilhas na mochila seria essencial, para quem jogava constantemente.

Assim como nos videogames caseiros, os portáteis também começavam a evoluir junto, com lançamentos de novos consoles portáteis mais robustos e com mais poder de processamento, vide alguns exemplos: Lynx, Neo Geo Pocket, Turbo Express, etc... até chegar nos dois maiores sucessos atualmente: Nintendo DS e PS Vita. Os portáteis podem não terem tido a mesma popularidade que os videogames caseiros, mas o ramo cresceu bastante a ponto de lançarem muitos jogos para suas plataformas correspondentes. Entretanto, com a vinda dos “smartphones” no final dos anos 2000, esse ramo dos games portáteis começou a ter uma mudança de conceitos. Games criados para os telefones inteligentes como iPhone, Galaxy, Lumia... têm atraído muita gente a se aventurar nos games touchscreen, além das empresas oferecerem games muito baratos e até “gratuitos”, em contrapartida dos consoles portáteis, que ainda exigia mídia física e pagamento de um jogo equivalente aos dos consoles caseiros. Sony e Nintendo viram a receita dos portáteis diminuirem constantemente, conforme também neste artigo (https://tecnoblog.net/148875/smartphones-tablets-culpados-vendas-baixas-ps-vita/). Então, a estratégia para amenizar a queda nas vendas seria entrar no mundo com jogos digitais com suas próprias lojas como a PSN da Sony, oferencendo games mais baratos que em versões em mídia física. Entretanto, mesmo assim, Nintendo e principalmente Sony amargavam ainda quedas nas vendas dos consoles portáteis e seus jogos, devido à concorrência dos games dos smartphones. A Nintendo ainda se mantém bem nas vendas, graças aos seus exclusivos de franquias. A Sony também iniciou um planejamento de exclusividade em seus jogos e ainda mais além, exclusividade SOMENTE no seu PS Vita, não incluindo em seus videogames caseiros (PS3 e PS4), a fim de atrair os gamers também em seu portátil.


Mas, mesmo com essas estratégias, vemos a continuidade da queda de vendas nos consoles portáteis da Sony e Nintendo (menos no oriente, como o Japão. Lá eles ainda tem um público muito fiel). Mesmo que os jogos do PS Vita e do Nintendo DS serem infinitamente superior aos dos smartphones, a atratividade está justamente que qualquer pessoa hoje tem smartphone e podem jogar até gratuitamente nele. Gamers hardcores ainda não desgrudam de seus portáteis, mesmo possuindo smartphones, mas muitos já preferem focar apenas nos games de consoles ou PCs e ter algum divertimento casual nos smartphones, além de games, tem também rede social, chat, instagram da vida que são também consumidores de tempo). E isso diversificou o entretenimento portátil das pessoas, preferindo então os smartphones, cada vez mais poderosos em hardware para rodar games mais elaborados, chegando quase ao nível dos de consoles, falando graficamente.


O que eu ainda acho muito chato nos games de smartphones, além de jogos “freemium”, são games que simulam controle físico na tela do portátil. Além de serem muito ruins para jogabilidade, obviamente, ainda ocupam tela do game, atrapalhando a visão. Ainda tem a opção de poder colocar um controle físico no smartphone, mas mesmo assim, ainda não é satisfatório a ponto de ser como um portátil. Por isso, ainda acho que os games de smartphone devem ser explorados com jogabilidade em touch e não como um joypad até aperfeiçoarem melhor.


Enfim, pelo histórico recente, enquanto não houver alguma grande mudança de planejamento para os consoles portáteis, os mesmos irão cada vez sendo engolidos pelos smartphones, voltando somente ao público gamer fiel dessas plataformas, o que não é bom para as gigantes Sony e Nintendo, já que precisam gerar grandes receitas, coisa que não está tendo atualmente com o PS Vita e DS.  

4 comentários:

  1. Eu acho que o smartphone pega a faixa de mercado mais jovem ou que não teve contato definitivo com consoles ou portáteis. A parte que realmente curte jogar vai preferir games mais versáteis e com melhores controles - penso eu.

    Quase enxergo a criança que pede pro pai, de presente de natal, um tablet e um video-game, ganhando de resposta: joguinho você joga no tablet! Eu só compro um...

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    1. Justamente, os mais jovens vão mais migrar para os jogos em smartphones pois já adquirem ainda na adolescência, não conhecendo direito games de PS Vita e DS. A questão também envolve dimdim, uma vez que esses mesmos jovens (a não ser que sejam meio rycos) vão se acostumando com jogos touch de celulares adquirindo quase de graça, Claro, haverá parcelas de jovens gamers que vão ainda continuar com os consoles portáteis, mas a febre já não é mais a mesma. Enquanto a Sony e a Nintendo conseguirem se manter nesses mercados com o público gamer específico, ainda haverá longa vida para os mesmos.

      E uma coisa é certa, games para smartphones vieram pra ficar e creio que a tendência dos portáteis possa ser essa mesma, talvez a Sony e a Nintendo se renderem a licenciar jogos para tais plataformas.

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  2. Eu cheguei a jogar game boy...na época achava o máximo...confesso q nunca fui uma gamer fanática...mas tenho joguinhos no tablet...e no smartphone eu jogo um pouco antes de dormir pra me desestressar...jogar no cel é pela comodidade de vc poder jogar deitada na cama...e tem mts joguinhos gratuitos legais...mas não costumo ultrapassar 30 minutos diários...

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    1. Pois é, games portáteis para a grande maioria agora estão nos smartphones. Consoles portáteis já ficam em classificação mais para gamers específicos.

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