Esse filme, dirigido por Ridley Scott, foi exibido dois meses depois do fatídico 11 de setembro de 2001, com o início da Guerra no Afeganistão entre os EUA e os grupos terroristas que situavam no Afeganistão, e que foram os causadores do atentado nos EUA. Então, o sentimento de luto, revolta e ambiente de guerra ao terror "explodiram" pelo mundo inteiro.
Engraçado é que o filme não há um protagonista centrado e sim vários personagens que foram interpretados por diversos atores famosos que não tinham tanto destaque, o que o diretor quis fazer com que o destaque fosse o heroísmo por parte das tropas militares que foram literalmente no "centro da colmeia", onde tiveram que combater contra os guerrilheiros somalis que estavam causando o terror na cidade, e não eram somente os militares que estavam armados "até os dentes", mas sim os próprios mercenários somalis que dispunham de metralhadoras, fuzis e até lança-foguetes que lançavam contra os helicópteros estadunidenses, causando diversas baixas nos apetrechos militares, além de perdas de vidas entre milhares de somalis (grande maioria dos guerrilheiros) e dezenas de militares norte-americanos.
O filme mostra uma perspectiva de como nós os expectadores sentiríamos na pele entre os militares dentro dos sangrentos combates na guerra, dando uma certa comoção e tensão nesses momentos críticos e aterrorizantes. Lembrou de Call of Duty e Battlefield? Então esqueça, pois não estamos no papel de combatente e sim de meros observadores no lado dos soldados estadunidenses, com rápidas aparições dos momentos de ataque no lado dos terroristas somalis.
Apesar de retratar a guerra na Somália, o filme deixa umas brechas de referências ao mencionarem sutilmente sobre a Guerra no Iraque e do Golfo Pérsico. E apesar do filme ter sido feito em boa parte antes do acontecimento das Torres Gêmeas, o diretor conseguiu acrescentar uma alteração de caráter política diante do recente pós pior atentado da história dos EUA. O filme não tem uma narrativa concreta, mas sim, a exploração do sofrimento do povo somali com as condições miseráveis e claro, o terror e a luta árdua constante dos militares, enfatizando o emocional dos mesmos a todo instante e isso pode deixar os expectadores mais sensíveis um tanto traumáticos. Portanto esqueça história para esse filme. E também o filme mostra o quanto ainda é atual, em relação à situação como a fatídico fim da Guerra no Afeganistão com a volta dos Talibans ao governo totalitário e os EUA se retirando vergonhosamente do país, decretando o fim da democracia no Afeganistão. Está aí mais uma referência em que os EUA nunca foram os tais "heróis e defensores da democracia mundial".
É um filme bom até, que rendeu prêmio Oscar naquele ano, mostrando também o heroísmo do lado humano das tropas em não deixar ninguém para trás, mesmo soldados sendo tipo abatidos e tentando poupar os civis somalis, mas eu sinceramente, só recomendo o filme quem tiver espírito preparado para assisti-lo como em vários filmes de guerra e de tragédia.
PS: eu sofri um pouco para vê-lo, pois eu não estava com um bom preparo espiritual para encarar filmes violentos e de matanças como numa guerra (me deu um certo "deprê"). Depois dessa, não pretendo vê-lo novamente mesmo demorando décadas depois, e quero agora ver um filme ou um animê mais "light"... ¯\_(ツ)_/¯
Ditadura e guerra s*ck!!!!
Já ouvi o nome desse filme, mas não assisti
ResponderExcluirSe tiver com espírito de assistir o horror de uma guerra civil como se estivesse no meio dos tiros, vale a pena ver.
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