Game: Archer Maclean's Mercury (PSP)

Sabe aqueles tipos de tabuleiros de madeira ou de acrílico que era tipo um labirinto onde tínhamos buracos e dentro continha um punhado de mercúrio prateado líquido e a gente tinha que levar esse mercúrio até uma determinada região do tabuleiro que era uma espécie de "chegada"? Eu lembro até hoje que eu brincava disso quando criança numa época em que os videogames ainda eram os primórdios do Atari e era coisa de gente com mais poderio de dinheiro. Pois é. Hoje em dia temos diversos simuladores dessas brincadeiras em forma de games e um deles é esse chamado Archer Maclean's Mercury.

Aqui temos diversas fases em que ao invés de tabuleiros, temos cenários labirínticos totalmente em 3D onde temos que levar o punhado de mercúrio até um determinado local derramando o mínimo necessário de mercúrio num tempo determinado. E para controlar esse mercúrio, usamos o analógico do PSP para deslocar o cenário a fim de movimentar certeiramente esse punhado de mercúrio sem deixá-lo cair no precipício infinito. Com os botões, o jogador muda a visão do cenário em todas as direções possíveis numa verdadeira rotação esférica a fim de ter a melhor visão para controlar o mercúrio. Com os botões do topo, o jogador aproxima ou afasta o cenário.

Os gráficos são ok para a época do PSP, mas nada chamativo. O áudio não chama atenção e até dá sono devida a quase ausência de trilha sonora (tem músicas calminhas justamente para não estressar o jogador). Afinal, um jogo de "puzzle" não precisa de áudio espetacular, certo? A jogabilidade é boa, com boa precisão no analógico do PSP para controle dos cenários e do mercúrio. Mas uma falta de um segundo analógico para controlar os ângulos de visões da câmera deixou o jogo menos rápido para controlar a visão, tendo que usar os botões normais para isso, mas o PSP não dispunha do segundo analógico e isso fez falta para jogos que precisavam desse controle de visão da câmera, porém dá para se adaptar logo com essa mecânica.

Talvez o maior problema do jogo seja o desafio de ter que controlar bem o mercúrio num curto espaço de tempo para cada fase, pois além de ter calma e tranquilidade para um jogo de puzzle assim, precisa ser rápido também, o que pode deixar o jogo frustrante e irritante para ter que repetir várias e várias vezes até conseguir concluir a fase. Se não precisasse de tempo ou se o tempo colocado fosse maior, aí o jogo poderia ser mais agradável. Além de que no terceiro bloco de fases, o desafio fica cada vez maior com obstáculos mais complexos. Acabei largando o jogo a partir desse bloco de tão frustrante começou a ficar.  

O jogo é até interessante no começo para relembrar os velhos tempos de tabuleiros com mercúrio, mas acho que vale apenas uma rápida jogatina para curiosidade. Se não gosta de puzzle, então nem devia ter lido esse post, hahaha.